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Experiência de sucesso leva estudante do Campus Vitória aos Estados Unidos

Publicado: Sexta, 27 de Abril de 2018, 11h08 | Última atualização em Quarta, 23 de Maio de 2018, 13h53

Juliana cursa o Mestrado em Ensino de Humanidades.

A estudante do Mestrado em Ensino de Humanidades, Juliana Rohsner, participou de uma viagem aos Estados Unidos (EUA), fruto de uma experiência de sucesso na Escola Estadual Jones José do Nascimento, em Central Carapina, Serra (ES). O projeto "Novo Jones, lugar de gente feliz" contou com ações que foram desde o diálogo a atividades dentro de sala de aula. “Quando assumi a direção da Jones tínhamos altos índices de violência. Em abril de 2016, a Polícia estava dentro da escola fazendo 12 atendimentos por semana. Em agosto do mesmo ano, começamos a não ter mais nenhum caso de atuação da Polícia. Conseguimos isso com um trabalho de proximidade com a comunidade, mudando a maneira de tratar os estudantes. É um bairro com fama de não ter autoridade. Mas conseguimos vencer os preconceitos”, explicou. Uma das ações implementadas por Juliana e sua equipe foi a visita de estudantes ao cinema. “Levamos 196 alunos. Foi muito legal. Muitos não conheciam”, destacou.
A história ganhou mais espaço com a vitória no Prêmio Estadual Boas Práticas da Secretaria de Educação (Sedu), em 2016. “Ficamos com o primeiro lugar em Gestão Administrativa. Já foi uma grande alegria para a escola”, explicou. E as conquistas não pararam por aí. “Em 2017, ganhamos o 2º lugar nacional do Prêmio Gestão Escolar. E esse prêmio que gerou a viagem aos Estados Unidos para conhecermos escolas referências lá. Foram 27 diretores, um de cada estado”, explicou.
A viagem aconteceu em março. Da terra do Tio Sam Juliana trouxe muita experiência. Passou por Washington DC e pelo Arizona, onde visitou a Arizona State University (ASU). “Foram dias de muito estudo. A viagem teve início em Brasília, onde participamos de palestras e visitamos a Embaixada Americana. De lá, fomos para Washington e conhecemos algumas escolas. Participamos de formações na ASU e conhecemos escolas indígenas, escolas técnicas de ensino fundamental e médio”, frisou. Juliana ficou surpresa com a base teórica utilizada em algumas instituições. “Escolas trabalham com o Materialismo Histórico Dialético e isso é muito legal porque sentimos que estamos no caminho certo. Vemos uma escola transformadora pensando no sujeito de forma integral”, destacou. A professora enfatizou ainda as tentativas dos educadores no Brasil. “Vemos que, mesmo com pouca estrutura, os educadores brasileiras, com muita criatividade, fazem um enorme esforço para garantir uma educação pública de qualidade. Precisamos valorizar esses profissionais e continuar na busca pela melhoria do ensino”, destacou ela.

 

Viagem Juliana

BONS FRUTOS
E sua experiência renderá mais frutos? Sim. Juliana aproveitará sua vivência na tese do Mestrado, que tem como título provisório Narrativas de resistência: a leitura como humanização para leitores em situação de risco social. “Meu objetivo é trabalhar com os clássicos da literatura em rodas de conversa com os estudantes, sempre pensando no processo de humanização. Passei por uma experiência muito positiva. Realmente transformadora. Acredito que conseguiremos realizar mais ações de mudanças reais na escola. Estar cursando o Mestrado também é importante porque consigo trocar experiências com outros professores e entender mais realidades”, explicou.
Juliana tem muitos motivos para comemorar em 2018: iniciou o mestrado, viveu uma experiência transformadora – fruto de ações motivadoras na Escola Jones –, já é mãe de uma adolescente e agora espera mais uma menina que nascerá em junho. Casada, a professora vê o futuro com bons olhos: “Nosso trabalho na escola foi feito com a melhora da autoestima dos estudantes e da comunidade. Acreditamos no potencial de cada um. E isso é motivador. Esperamos colher mais bons frutos”, finalizou.

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