Educação do campo é tema de mesa-redonda

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O Campus Vitória recebe a mesa-redonda “Educação do campo: o que podemos aprender com as práticas contra-hegemônicas dos movimentos populares e dos povos originários?”. O encontro pretende reunir estudantes das licenciaturas para refletir sobre concepções críticas de educação, organização social e produção de conhecimento. O objetivo é aproximar a academia das práticas de resistência, garantindo um espaço para a valorização de saberes historicamente marginalizados.

O evento terá falas de estudiosos da Educação do Campo e de representantes dos povos originários, bem como de integrantes de movimentos populares do campo e de comunidades tradicionais. As discussões pretendem introduzir outras formas de construção de conhecimentos, as quais desafiam a colonialidade do saber promovendo a interculturalidade como valor e prática na formação de futuros professores.

A ação acontece no Teatro do Campus, no dia 14 de maio, entre 18h e 22h. Os interessados deve se inscrever por formulário eletrônico até 10 de maio. A mesa-redonda voltada aos estudantes das licenciaturas mas é aberta ao público em geral.

A mesa redonda é uma realização da Licenciatura em Letras-Português, da Licenciatura em Matemática, do programa de extensão "O desenvolvimento da agroecologia no estado do Espírito Santo: produção, certificação e circuitos curtos de comercialização" e do projeto de extensão "Agroecologia em debate: diálogos sobre o campo e a cidade". A ação também conta com a parceria do projeto de extensão “Práticas agroecológicas em fluxo: soluções tecnológicas para a produção e circuitos curtos de comercialização” e do Sindicato Nacional dos(as) Servidores(as) Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) - Seção Ifes.

Veja a programação detalhada:

18h - Abertura do evento: recepção com a Feirinha Agroecológica do Ifes – Campus Vitória
18h30 - Abertura da mesa de debates: Direção de Ensino e coordenadorias das licenciaturas em Letras e Matemática

19h - Mesa de debates:
· Leomar Honorato Lírio - Camponês, residente em Domingos Martins (ES), coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores do ES (MPA), licenciado em Educação do Campo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
· Marle Fidéles – Doutora em Educação (2023) e Mestra em Educação (2016) pela Ufes. Integra o Setor de Educação do Movimento Sem Terra (MST/ES) e o Grupo de Pesquisa Formação e Atuação de Educadores (GRUFAE). Professora da educação básica (Vitória). Possui experiência na área de Educação, atuando principalmente nos temas: educação infantil; educação do campo, educação infantil do campo; formação de professores e educação popular.
· Jocelino da Silveira Quiezza – liderança da Aldeia indígena de Caieiras Velha, Aracruz (ES), educador indígena desde 2002, formado em pedagogia com pós-graduação em educação, diversidade e culturas indígenas. Mestre em Linguística Profissional do Museu Nacional (UFRJ). Atuou por 6 anos como diretor da EMEF Indígena Caieiras Velha. Atualmente, é Secretário geral da Associação Indígena Tupinikim e Guarani (AITG).
· Arlete Schubert Wayrakuna (Tupinambá) – Natural da microrregião do Salgado/PA, território ancestral do povo Tupinambá, é ativista, pesquisadora, mestra e doutora em Educação pela Ufes, dedicada a investigar as lutas territoriais do povo Tupinikim em interface com uma educação própria. Sua pesquisa abrange temas como mobilizações indígenas, etnogênese e retomada cultural indígena em contextos urbanos. Arlete é membra fundadora e conselheira do Movimento Plurinacional Wayrakuna e vice-líder do grupo de pesquisa homônimo, sediado na UFOP e Faculdade Unida de Vitória, e vinculado à resistência das ancestralidades das mulheres indígenas no Brasil. Atualmente, é professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião (PPGCR) da Faculdade Unida, em Vitória/ES, onde segue contribuindo para a luta e o fortalecimento dos povos indígenas.

21h30 - Encerramento