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A importância do aqui e agora

Publicado: Terça, 20 de Agosto de 2024, 07h03 | Última atualização em Terça, 20 de Agosto de 2024, 11h42

“Não podemos fugir das preocupações e dos desconfortos do presente.”

Vista do campo de futebol do campus, com palmeiras na frente e a Pedra dos Olhos ao fundo.

O que é não estar presente?

Você já começou o dia ansioso para que ele acabasse? Pode ser que comece com uma manhã apressada: tomar café às pressas e correr para o trabalho, onde o tempo parece se arrastar. Quando finalmente chega em casa, sente-se aliviado, toma um banho rápido, janta algo simples e vai para a cama, contente por mais um dia ter chegado ao fim. Durante esses dias, podemos reviver o passado, antecipar o futuro e, assim, nos dessensibilizar do momento presente. Essa rotina pode nos deixar esgotados e nos fazer pensar: "Quando isso acaba?".

Estamos fisicamente no 'aqui', mas nossa mente pode estar no 'lá' (em outro lugar) ou no 'então' (passado ou futuro). Isso significa não estar presente. Esse estado está relacionado ao distanciamento da experiência do aqui e agora. Significa que não estamos verdadeiramente conscientes do que estamos fazendo. Quando comemos e utilizamos o celular ao mesmo tempo, por exemplo, estamos levando um estilo de vida anestesiado, separado do que ocorre dentro e fora de nós.

O “aqui e agora”

Muito utilizado na Gestalt-Terapia, esse conceito se baseia no espaço aqui e no tempo agora. A combinação dos dois serve para enfatizar o momento presente. Para nos posicionarmos no tempo real, é preciso abraçar o que há no passado e as possibilidades do futuro de maneira presente. Afinal, “o passado só existe enquanto puder se fazer sentir no presente, da mesma forma que o futuro não é mais que uma possibilidade que se abre na atualidade”, afirma o filósofo Maurice Merleau-Ponty.

Pode parecer fácil, mas não é incomum que as pessoas ignorem como se relacionam consigo mesmas e com a vida, o que pode levar ao estresse e ao esgotamento, resultando em um estilo de vida no qual estão desconectadas da realidade.

Escute suas emoções

As emoções não se justificam como “porque sim”; devemos entender que tristeza, raiva e felicidade são sentimentos com um contexto, uma história ou uma situação específica. Precisamos trabalhar e valorizar nossas emoções, pois, ao aceitarmos nossos sentimentos, estamos mais presentes no momento presente, sem resistência ou julgamento, e com mais clareza para tomar decisões importantes.

“Não podemos fugir das preocupações e dos desconfortos do presente”, afirma Fritz Perls, um dos criadores da Gestalt-Terapia. Devemos lidar com isso para tornar o que ocorre dentro de nós congruente com nossas escolhas de vida. Isso nos permite estar conectados com nossas experiências emocionais no momento em que ocorrem e enriquecer nossa percepção da própria vida. Esse processo é possível, e um profissional pode oferecer suporte nessa jornada de autopercepção.

A importância de viver o hoje

Quando experienciamos algo com nossa atenção e consciência unidas, somos capazes de atribuir um sentido mais satisfatório a qualquer área da vida. Tentar nos conectar cada vez mais com o que ocorre dentro e fora de nós pode nos ajudar a trabalhar melhor, estudar melhor, nos relacionar melhor e sermos mais leves, assertivos e autênticos em relação aos nossos objetivos.

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