Autoconfiança e Autoestima
A autoestima e a autoconfiança influenciam uma à outra e podem ser desenvolvidas simultaneamente.
Muitas pessoas podem imaginar que os sentimentos são fenômenos abstratos que ficam guardados em algum lugar oculto na mente humana. No entanto, a psicologia defende atualmente que essas respostas emocionais emergem da interação entre o indivíduo e seu ambiente físico ou social, de acordo com contextos sociais e culturais.
As pessoas não nascem com sentimentos definidos. Portanto, dependemos dos nossos familiares e do nosso entorno para reconhecer, estimular e nomear nossas emoções. A forma como isso acontece tem o poder de influenciar nossa experiência emocional. Com isso em mente, vamos conhecer como são desenvolvidos e como estimular sentimentos de autoestima e autoconfiança.
Autoestima
Todos fazemos avaliações subjetivas sobre nós mesmos. A autoestima é a qualidade com a qual o sujeito se percebe e se sente em relação a si mesmo. Uma boa autoestima está associada à valorização do seu modo de ser, se expressar e viver.
Como uma boa autoestima é desenvolvida?
A autoestima é resultado de reforços positivos provenientes das interações sociais. Quando uma criança tem um comportamento específico e os pais a recompensam não materialmente, mas através de contingências de reforços positivos, como atenção, carinho ou um sorriso, isso gera satisfação e autoaceitação para a criança. Nossa comunicação pode estimular diretamente a autoestima dos outros.
“Que maçãs deliciosas você apanhou na mangueira da vovó” não tem a mesma profundidade que “Você conseguiu apanhar na mangueira da vovó umas maçãs deliciosas”.
Perceba que essa frase se parece com um elogio, uma forma de reforço positivo social. É esse tipo de comunicação que melhor desenvolve a autoestima, pois destaca a pessoa e não seu comportamento.
Autoconfiança
Você terminou de realizar uma tarefa habilidosa se sentindo mais competente e seguro sobre o que é capaz? Esse é o sentimento de realização da autoconfiança. Diferentemente da autoestima, ela se refere à nossa percepção de satisfação em situações específicas.
Uma pessoa autoconfiante se sente capaz de executar suas habilidades e resolver problemas. Essa qualidade envolve a crença que temos em nossa capacidade de realizar tarefas e enfrentar desafios.
Como uma boa autoconfiança é desenvolvida?
A autoconfiança é desenvolvida por meio de experiências de sucesso, que reforçam a crença nas próprias habilidades. Quando uma pessoa enfrenta um desafio e consegue superá-lo, essa experiência reforça nossa noção de eficácia. Um histórico que conta com feedbacks positivos e praticas constantes ajuda a consolidar essa confiança ao longo da vida.
Por exemplo, se uma criança aprende a andar de bicicleta e, após várias tentativas, consegue pedalar sem ajuda, essa conquista aumenta sua autoconfiança. Cada pequeno sucesso, mesmo que em atividades cotidianas, contribui para a formação de um senso de competência.
Fragmentar em etapas acessíveis uma tarefa complexa, que julgamos difíceis demais para nós, pode ajudar a finalizá-la mais realizados sabendo que somos capazes de alcançar nossos objetivos. Aprender a enfrentar processos gradualmente nos ajuda a manter a percepção da nossa própria competência e entender que desafios são possíveis de serem superados por nós.
A relação entre autoestima e autoconfiança
As diferenças entre esses aspectos podem ser sutis para muitas pessoas, afinal, ambas dizem respeito à imagem que temos de nós mesmos. A fragilidade na autoestima ou na autoconfiança influenciará mutuamente uma à outra, assim como podem ser desenvolvidas simultaneamente. Uma autoestima positiva pode fortalecer a autoconfiança, permitindo que indivíduos enfrentem desafios com mais segurança. Por outro lado, a falta de autoconfiança pode minar a autoestima, criando um ciclo negativo. Para desenvolvê-las, é essencial promover um ambiente de apoio, celebrar conquistas e incentivar a busca por novos desafios, promovendo um estado mental mais resiliente.
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