A calma boa
A verdadeira experiência de viver plenamente começa quando a pessoa aprende a apreciar a calma.
“Primeiro, acalma-te. Depois, fica assim o resto da vida.” - Poemas escolhidos de Ron Padgett.
Recomeços e inícios de ano trazem uma sensação de renovação, mas também desafios. Aprender a cultivar a calma pode ser um desafio por si só, afinal não se trata de um estado de quietude, é uma atitude ativa de equilíbrio emocional. Como manter a calma diante de tantas possibilidades que surgem, como uma folha em branco diante de nós, neste começo de ano?
A verdadeira experiência de viver plenamente começa quando a pessoa aprende a apreciar a calma, pois promove a capacidade de aproveitar o presente com mais intensidade, mas quase ninguém sabe o que é a calma boa.
O que é a calma boa?
Suponhamos que alguém tenha o convite para fazer um passeio de barco pelo rio Reno. Não seria uma viagem rápida de lancha, mas uma jornada tranquila de barco, navegando pelo rio até o ponto em que ele nasce.
O Reno é um rio assombroso, correndo entre aquelas encostas de montanhas verdejantes, com uvas plantadas em quantidade. Em alguns momentos, surgem pequenas aldeias, castelos e até cidades inteiras, e a paisagem passa lentamente diante dos olhos.
Ao longo dessa viagem, o viajante se depara com uma infinidade de cenários e sensações que podem energizá-lo. Ele pode sorrir, ficar encantado, registrar momentos com fotos ou simplesmente se alegrar com o que vê. Mas isso faria com que ele perdesse a calma? Talvez em alguns casos, mas a verdadeira calma não se perde com a intensidade das impressões externas.
A calma, portanto, não tem tanto a ver com relaxamento ou distensão. Não é um momento de parada onde não fazemos nada, mas uma habilidade de estar presente ainda que estejamos em movimento em ações, pensamentos e emoções. Neste começo de ano, se for para iniciar uma tarefa, que seja a de aprender a simplesmente estar, em vez de fazer.
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