Já ouviu falar no terceiro lugar?
“Um lugar para chamar de nosso”.
“Terceiro lugar” é um conceito, desenvolvido pelo sociólogo Ray Oldenburg no livro The Great Good Place (1998) – trata-se daquele espaço que não é casa, nem trabalho. É um espaço de convivência onde a gente se encontra com o mundo, por meio do riso espontâneo, da escuta generosa, da conversa que acolhe sem pressa.
A ideia central trazida pelo conceito é cultivar vínculos fora das obrigações, nutrir uma existência mais saudável, por meio da convivência social, do relaxamento, do estímulo às trocas, que gerem o fortalecimento de laços afetivos.
Nesses espaços além de fortalecer amizades já existentes, é possível conhecer gente nova, estabelecer conversas leves, compartilhar momentos descontraídos. Entre alguns dos benefícios, conforme descrito em @fala.feminina, podemos listar:
• reduz o estresse
• melhora o humor
• aumenta a expectativa de vida
• fortalece o sistema imunológico
• estimula a cognição
• oferece suporte emocional
• diminui a sensação de solidão
No Ifes – Campus Vitória, com quase 500 servidores, mais professores substitutos e trabalhadores de empresas terceirizadas é possível fortalecer ou mesmo adotar essas trocas, inclusive a partir do ambiente de trabalho. Uma pausa para um cafezinho, uma visita a outros setores, o compartilhamento de uma mesa na cantina ou mesmo sentar em um dos bancos espalhados pelo campus para uma leve troca por meio da escuta ativa.
Mas também é possível acompanhar aquela colega sambista em um evento de escola de samba, compartilhar praticas esportivas como corrida de rua, remada, subida ao Morro do Moreno. Integrar os corais Cameria ou Maria Penedo, a Orquestra Pop&Jazz, o projeto Artífices de Teatro, todos aparelhos culturais do campus que estão ao nosso alcance. Também vale reservar um dia para um café, almoço ou outras interações sociais que estimulam a socialização e por consequência contribuem para a saúde mental. O importante é manter um combinado: nada de falar em trabalho. As trocas no “terceiro lugar” devem estimular a convivência e a existência de cada indivíduo, que se fortalece quando em meio ao coletivo.
Afinal, como nos ensina Ailton Krenak “É importante viver a experiência da nossa própria circulação pelo mundo, não como uma metáfora, mas como fricção, poder contar uns com os outros.”
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